
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil (Foto: )
A Sociedade
Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou na segunda-feira (22) a campanha
Paralisia Infantil – A Ameaça Está de Volta, para estimular a adesão à campanha
de vacinação contra a poliomielite, que está sendo realizada desde o dia 8
deste mês pelo Ministério da Saúde. As ações serão realizadas nas redes
sociais e junto a profissionais de saúde.
O Brasil tem
registrado queda de coberturas vacinais desde 2015. No caso da poliomielite, a
preocupação de pesquisadores é que o movimento de queda coincide com o
ressurgimento de casos em locais em que a doença já estava erradicada, como
Estados Unidos, Malawi e Israel. No Brasil, o último caso confirmado foi em
1989.
Estima-se que
três em cada 10 bebês brasileiros nascidos em 2021 não tomaram as doses da vacina
intramuscular contra a pólio, previstas para os 2, 4 e 6 meses de idade. A
proteção contra a doença também requer doses em gotinhas aos 15 meses e aos 4
anos de idade, e, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunizações, somente 54% das crianças completaram o esquema vacinal no ano
passado, enquanto a meta que deve ser atingida para garantir a imunidade
coletiva é de 95% das crianças vacinadas.


Para melhorar
esse cenário, começou em 8 de agosto a Campanha Nacional de Vacinação contra a
Poliomielite e Multivacinação de 2022, e, no último sábado, foi
realizado o Dia D de Mobilização.
O presidente da
SBIm, Juarez Cunha, afirma que o mais importante é que as crianças que não
foram vacinadas sejam levadas aos postos, mas que os pais daquelas que estão
com a imunização em dia também podem levá-las para receber um reforço na
proteção.
“A pólio não tem
um tratamento específico. A única coisa que a gente tem como ferramenta de
proteção são as vacinas, que são ferramentas extremamente seguras, eficazes e
gratuitas”, destaca Juarez.
A infecção pelo
poliovírus pode causar sequelas e levar à morte. Embora a maioria das pessoas
que contrai o vírus não apresente sintomas, as infecções podem levar à
paralisia irreversível em algum dos membros, sendo as pernas acometidas com
maior frequência. Entre os pacientes que sofrem de poliomielite paralítica, 5%
a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
A campanha da SBIm pretende destacar a ameaça que a
doença representa e contará com depoimentos de duas pessoas que vivem com
sequelas da pólio. Peças informativas e vídeos com especialistas que serão
divulgados nas redes sociais e sites da SBIm e
de entidades apoiadoras, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef) e Bio-Manguinhos/Fiocruz e as sociedades brasileiras de Pediatria
(SBP), Infectologia (SBI) e Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
“Um dos grandes
problemas que levam a uma baixa adesão à vacinação é a falsa sensação de
segurança em relação a doenças que as pessoas só não conhecem, ou nunca viram,
porque foram vacinadas contra elas”, lembra Juarez Cunha.
Fonte:
Agência Brasil




