
Na foto, Anderson Torres (esq.), Ibaneis Rocha (centro) e Jair Bolsonaro (dir.) (Foto: )
Brasília – O
subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União
(TCU), Lucas Rocha Furtado, pediu nesta terça-feira (10) que a Corte bloqueie
bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); do governador afastado do Distrito
Federal, Ibaneis Rocha (MDB); do ex-secretário de Segurança do DF, Anderson
Torres, e de outras pessoas que seriam responsáveis pelo financiamento dos atos
de violência na capital federal no último domingo (8).

Agachado abaixo do senador Renan Calheiros
(MDB-AL), o ministro Bruno Dantas, em noite festiva do lançamento da chapa Lula
(PT)-Alckmin (PSB), no ano passado em São Paulo
Na petição de Furtado também foi solicitado o
bloqueio de contas dos suspeitos. O pedido foi encaminhado ao presidente do
TCU, ministro Bruno Dantas, que participou, de evento festivo, no ano passado,
do primeiro jantar em São Paulo que lançou a chapa Lula-Alckmin para a disputa
à Presidência da República. Bruno Dantas é afilhado político do senador Renan
Calheiros (MDB-AL).
O subprocurador-geral disse que o objetivo da ação
é garantir recursos para eventual ressarcimento dos cofres públicos diante dos
“inúmeros prejuízos ao erário federal”, caso fique provado o envolvimento
destas autoridades nos atos, no último domingo (8), tiveram repercussão
mundial.
“Em razão de processo de Tomada de Contas e do
vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que
provocou inúmeros prejuízos ao erário federal, solicito que seja decretada a
indisponibilidade de bens dos Srs. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da
República, do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, bem como
do sr. Anderson Torres, secretário de segurança do Distrito Federal exonerado,
assim como de outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados
atos ilegais”, diz o documento.
Na segunda-feira (9), o procurador já havia
solicitado que Dantas instaure uma Tomada de Contas Especiais para apurar os
financiadores dos atos e se agentes públicos foram omissos no cumprimento de
suas funções. O relator desta ação é o ministro Vital do Rêgo, também do TCU.
Reportagem: Val-André
Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em
Brasília.
