Joao Carlos Rodrigues 04 de setembro de 2020  (Foto: )

FECHADO

Com as bênçãos do governador Helder Barbalho (MDB), o martelo foi batido. O pré-candidato a vice-prefeito na chapa do médico Manoel Veloso (PSL), em Marabá, será o vereador emedebista Ilker Moraes. O anúncio oficial da chapa deve ser feito ainda hoje (4).

BELÉM

Conforme a Coluna informou, na sexta-feira passada, MDB e PSL sacramentaram o casamento para as eleições deste ano em todo o Estado. Com isso, o nome do vice-prefeito na chapa do deputado federal José Priante (MDB), pré-candidato à Prefeitura de Belém, deve sair das fileiras do PSL. O mais cotado para a vaga é um militar do Exército Brasileiro, de perfil conservador e bolsonarista.

VICES

Enquanto isso, o que mais se especula, nos bastidores da política marabaense, são os nomes dos possíveis candidatos a vice-prefeito dos demais prefeituráveis. Quem será o vice do Tião Miranda (PSD), da Irismar Melo (PL), do Toni Cunha (PTB), do Rigler Aragão (PSOL)? Essa é a pergunta mais ouvida nas rodas de política e mais lida nas redes sociais.

SUSPENSE

Por enquanto, não há nenhuma definição por parte dessas pré-candidaturas quanto aos seus respectivos vices. O momento é de muita conversa e articulação, nos dias que antecedem as convenções municipais dos partidos, onde serão homologados os nomes dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador.

CONVENÇÕES I

Aliás, quase todas as convenções dos maiores partidos já têm datas definidas, daqui até o dia 16 de setembro, prazo final para a sua realização. No dia 12, acontece a convenção do PSOL, do pré-candidato a prefeito Rigler Aragão, em local ainda não divulgado. No dia 14, será a convenção do PL, que tem como pré-candidata a prefeita a vereadora Irismar Melo. A convenção será na Câmara Municipal.

CONVENÇÕES II

No dia 15, será a vez do PDT e, no dia 16, do DEM, também na Câmara. Esses dois partidos não devem lançar candidatos a prefeito, mas apoiar a candidatura de Tião Miranda (PSD), cujo partido marcou a sua convenção também para o dia 16, em local ainda indefinido.

CONVENÇÕES III

O MDB também fará a sua convenção no dia 16, no Palace Eventos. Já o PSL deve reunir seus convencionais no dia 15, em local que ainda está sendo definido pela direção do partido. O Partido dos Trabalhadores (PT), que tem uma forte tendência de também apoiar a recandidatura de Tião Miranda, fará sua convenção no dia 15, no local conhecido como Cabanagem, na Folha 21.

CONVENÇÕES IV

No dia 16, na sede da Maçonaria do bairro Novo Horizonte, convencionais do Cidadania estarão reunidos para definir seus candidatos. No mesmo dia, o PTB, que tem como pré-candidato a prefeito o deputado estadual Toni Cunha, terá sua convenção. Não há local definido para o partido reunir seus convencionais e filiados.

FIRME

A propósito, apesar das intensas conversas entre os partidos de oposição, na tentativa de formar uma frente forte – e, preferencialmente, única – para enfrentar o atual prefeito Tião Miranda, Toni Cunha tem reafirmado que não abre mão de sua candidatura à Prefeitura de Marabá. Esta semana, Cunha se posicionou contra a rejeição das contas do ex-governador Simão Jatene (PSDB) na Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), o que dificulta uma aliança com o grupo do governador Helder Barbalho.

PONTE

Na sessão desta semana, na Câmara Municipal de Marabá, o vereador Marcelo Alves (PT) levantou uma questão importante e de grande interesse de toda a região. Ele cobrou que a empresa Vale se posicione e diga quais serão as compensações pela construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins.

DUPLICAÇÃO

Na semana passada, o Ibama liberou a licença ambiental para que a Vale possa iniciar a construção de uma segunda ponte rodoferroviária sobre o rio. A obra faz parte do projeto de duplicação da Ferrovia Carajás, aumentando consideravelmente a capacidade de transporte do minério extraído pela companhia em vários municípios da região.

REUNIÃO

Marcelo Alves sugeriu que a Câmara convide os representantes da Vale para uma reunião, onde sejam explicitadas as condicionantes da grande obra, que tem custo estimado de R$ 1,8 bilhão e duração prevista de cinco anos. O presidente Pedro Corrêa Lima (DEM) informou que a presidência da Casa já oficiou à Vale sobre a necessidade dessa reunião, faltando apenas definir a data em que a mesma acontecerá.

VAGAS DE TRABALHO

Por sua vez, o vereador Tiago Koch (PSD) defendeu que, na construção da nova ponte, seja dada prioridade à contratação de mão de obra de Marabá. Para ele, é preciso que os trabalhadores daqui tenham preferência nas vagas que serão abertas no empreendimento, garantindo renda para as famílias da região.

ABANDONO

Já o vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito (PDT), lembrou que tanto a Vale, como a Mineração Buritirama, a Equatorial Energia (antiga Celpa) e o próprio governo do Estado têm uma dívida histórica para com Marabá e todo o sul e sudeste do Pará. Do alto da sua experiência de mais de 30 anos no Parlamento, Miguelito disse que essas empresas e o governo pouco fazem pela região e voltou a defender a necessidade da criação do Estado de Carajás.

PREJUÍZO

Na mesma sessão, o vereador Antônio Márcio Faria Gonçalves, o Márcio do São Félix (PSDB), voltou a questionar a renovação da concessão da Ferrovia Carajás para a Vale. E lembrou que o Pará não se beneficiou dessa renovação, já que as obras de compensação pelo direito de explorar a ferrovia serão feitas em outros Estados e regiões do país, em comum acordo entre a Vale e o Governo Bolsonaro. O Pará, mais uma vez, ficará com os enormes buracos dos projetos minerais e o apito do trem.

CALADINHOS

Aliás, assim como Márcio do São Félix, este colunista estranhou que a bancada do Pará no Congresso Nacional, o governo do Estado e a Assembleia Legislativa pouco ou nada disseram sobre esse golpe absurdo aplicado pelo governo de Jair Bolsonaro e pela Vale contra o povo do Pará. É sério que vão nos prejudicar na cara dura e o governo e nossos parlamentares estaduais e federais ficarão em silêncio subserviente diante da Vale e do governo federal?

NOVELA NO FIM?

Em Redenção, o prefeito recém-empossado Marcelo Borges (PSD) embarcou rumo a Belém já na primeira semana de seu governo definitivo. Segundo fonte da Coluna no município, foi conversar olho no olho com o governador Helder Barbalho para tentar escrever o último capítulo da novela do candidato do MDB à prefeitura redencense.

AGORA VAI

De acordo com essa mesma fonte, Marcelo Borges saiu de Redenção com uma ideia fixa na cabeça. Se Helder Barbalho ungir o pré-candidato Carlos Eduardo Cadu como nome emedebista na eleição, terá o apoio dele, Borges. Se, ao contrário, o escolhido for William do Potência, então o prefeito estaria decidido a se lançar candidato à reeleição pelo PSD. Pelo visto, o capítulo final da longa novela terá muitas e fortes emoções.

DEBATE

Voltando à campanha eleitoral em Marabá, pelo menos um segmento local aguarda ansiosamente pelo anúncio oficial das candidaturas a prefeito: os desportistas. Assim que os nomes estiverem definidos, eles pretendem promover o primeiro debate entre os candidatos, quando todos serão questionados acerca das propostas que têm para o esporte.

FALTA DE ATENÇÃO

Considerado importante ferramenta de inclusão social, sobretudo dos jovens, mas que, na opinião do pessoal ligado ao setor, não vem recebendo a devida atenção no município. De acordo representantes da categoria, o fato mais flagrante dessa falta de atenção, foi a destinação, no orçamento municipal de 2019, de R$ 6 milhões à Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, que só conseguiu investir menos de R$ 3 milhões.

CORTE

Isso, embora, segundo os desportistas, vários projetos tivessem entrado na fila para receber recursos da prefeitura. O resultado – da incapacidade da secretaria de gastar o orçamento que tinha no ano passado –, considerado desastroso, foi o corte, pela metade, da dotação ao setor em 2020, quando a verba caiu para R$ 3 milhões.

Por hoje é só. Bom fim de semana prolongado a todos e até a próxima sexta-feira.