26 pessoas foram presas em
flagrante pela Polícia Federal até o final da manhã desta quarta-feira (12),
por uso da internet para a prática de crimes que violam a dignidade sexual de
crianças e adolescentes, como armazenamento, compartilhamento, produção e venda
de material de abuso sexual infantojuvenil.
As prisões foram em todo o País
como parte da Operação Nacional Proteção Integral realizada em 22 Estados, com
envolvimento de 340 policiais federais. Na ação, foram cumpridos,
simultaneamente, 73 mandados de busca e apreensão, sendo dois no Pará, e instaurados
60 inquéritos policiais. Houve ainda seis prisões preventivas expedidas nos
Estados de Alagoas, Minas Gerais e Mato Grosso, além do Distrito Federal.

Proteção integral
O nome da operação foi escolhido
pela PF porque o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece já em seu
artigo 1º a proteção integral das crianças e dos adolescentes, bem como
assegura a esses sujeitos o gozo de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana.
Além disso, a Constituição
Federal em seu art. 227, caput, estabelece que é “dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem com
absoluta prioridade o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária”.
Ademais, alerta a PF, “não restam
dúvidas quanto ao grau de lesividade que os delitos cibernéticos relacionados
ao abuso sexual infantojuvenil acarretam crianças e os adolescentes, sendo a
operação, portanto, uma forma de a Polícia Federal dar cumprimento aos
dispositivos constitucionais e legais que estabelecem a absoluta prioridade e a
proteção integral às vítimas desses delitos”.
A Polícia Federal alerta aos pais
e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos no mundo
virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. A prevenção é
fundamental para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e
adolescentes.