Uma menina de oito anos de idade morreu, na manhã
de quarta-feira (16), no Hospital Municipal de Parauapebas (HMP), após ter sido
atendida queixando-se de fortes dores no corpo. Horas antes, os pais haviam
ministrado à criança medicamentos para infecção intestinal, uma vez que ela
amanheceu com febre e vômito. Porém, mesmo com o atendimento médico realizado
no HMP, a garota não suportou os sofrimentos e parou de respirar, assim como o
coração parou de bater.
Logo depois, a Polícia Civil foi comunicada de que,
ao examinar a menina, a equipe médica constatou lesões na região das partes
genitais da criança, o que levantou a suspeita de possível abuso sexual. A
delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao
Adolescente (Deaca) já começou a ouvir as pessoas envolvidas no caso.
O pai de criação da menina nega veementemente que
tenha estuprado a criança. Diz que a adotou quando ainda era bebê, filha de
outra filha adotiva dele, e que jamais cometeria qualquer violência contra a
garotinha. Inclusive, se oferece espontaneamente para qualquer tipo de teste ou
exame e se mostra muito indignado com a suspeita lançada sobre ele.
Um amigo da família, que mora na mesma casa,
considera impossível que a menina tenha sido violentada, pois garante que ele
vivia constantemente sob o olhar da mãe, desde que acordava. O que é confirmado
pela mulher, que não se conforma com a perda da menina.
Somente o laudo do Instituto Médico Legal (IML)
pode apontar a causa da morte da menina, que pode ter sido provocada também por
intoxicação medicamentosa. O delegado Erivaldo Campelo da Silva, diretor da 21ª
Secciona Urbana de Polícia Civil, garante que o caso está sendo investigado com
rigor.
(Caetano Silva)
