Matar animais domésticos pode render ao matador,
pena de dois a cinco anos de cadeia e multa, conforme alteração da Lei 9.605/98
em seu artigo 32, sancionada há um ano pelo presidente da República, Jair
Bolsonaro. E é essa a pena que deverão pegar dois servidores de empreiteira da
Equatorial Energia, acusados de matar, com pauladas na cabeça, um cachorro
pertencente a Thalysson Souza Galvão, por volta das 12h de ontem, sexta-feira
(3), na Rua Bangu, no Bairro Nova Vida, em Parauapebas.
Thallyson procurou a 20ª Seccional Urbana Polícia
Civil para denunciar o caso. Ele relatou que estava dentro de casa, preparando
o almoço para a mãe, quando ouviu um latido muito alto do animal, seguido de um
uivo.
Ao sair para verificar o que estava acontecendo,
viu dois homens com uniforme da Equatorial Energia e um pedaço de pau ao lado
do animal, que agonizou no colo dele. Um dos homens ainda disse que “o cachorro
deveria estar preso”.
O dono do animal afirma que o cachorro já tinha
idade avançada, era dócil, não atacava ninguém e apenas latia ante a
proximidade de pessoas estranhas, como forma de alertar os donos.

Thalysson conta ainda, que ao passarem depois pelo
local, os homens ainda sorriram em tom de deboche ao virem o animal morto.
A filha do homem, ainda segundo ele, disse aos
matadores que o pai dela iria registrar queixa na Delegacia de Polícia Civil
sobre a barbaridade e ouviu de um deles: “Deixa ir, nos não estamos nem
aí.”
A Associação dos amigos e Protetores dos Animais e
do Meio Ambiente (Aapama) se pronunciou em suas redes sociais, e comentando de
lamentando o fato.
Procurada, a Equatorial Energia Pará informou, em
nota, “que está apurando o caso junto à empresa parceira”, na qual os
colaboradores estão vinculados. “A Equatorial destaca, ainda, que repudia
qualquer ato de violência contra animais”, encerra a nota.
Até a manhã deste sábado (4), ninguém havia
sido preso ou chamado à Delegacia de Polícia Civil.
(Caetano Silva)