A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13)
a Operação Frígia-Contra, segunda fase da Operação Frígia, deflagrada no
segundo semestre de 2020, que visa combater organização criminosa que atua em
extração ilegal de ouro no Sertão de Pernambuco. Foram cumpridos cinco mandados
de busca e apreensão e quatro mandados de prisão.
As medidas foram cumpridas nos endereços dos
investigados, localizados em Igarassu (PE), Redenção (PA) e São Félix do Xingu
(PA), sobre os quais constam fortes indícios que integram a organização
criminosa, envolvendo agentes públicos e particulares, financiadores,
refinadores de minério e receptadores.
A operação contou com a participação de 50
policiais federais e foi oriunda de uma investigação conjunta realizada entre a
Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A atividade do grupo criminoso investigado
consistia na extração de minérios em terrenos públicos e particulares,
localizados na Zona Rural de Verdejante, com o consequente beneficiamento, que
era realizado no município de Serrita, e, por fim, a comercialização do ouro.
Os valores oriundos da venda eram colocados em circulação, com aparência de
legalidade, por meio da aquisição de veículos e de outras condutas, atos
consistentes em lavagem de dinheiro.
Os envolvidos responderão, na medida de suas
participações, pelos crimes de usurpação de bens da União, crimes ambientais,
lavagem de capitais, organização criminosa e violação de sigilo funcional,
cujas penas ultrapassam os 20 anos de reclusão, além de multa.
O nome da operação – Frígia – faz menção à terra do
Rei Midas da mitologia grega. Tudo o que ele tocava virava ouro.
Ontem à tarde, três helicópteros da Polícia
Federal, empregados na operação desta terça-feira, desceram em Parauapebas,
dois no quartel da PM e um no hangar da Vale, em Carajás. O fato suscitou
especulações em grupos de WhatsApp, inclusive a suspeita de que haveria uma
operação de combate a garimpos clandestinos na região.
(Fonte: PF)