A Operação Amazônia Viva finaliza a sexta fase do trabalho de combate
aos crimes ambientais, com as equipes da Força Estadual de Combate ao Desmatamento,
formadas por policiais civis e militares, bombeiros, peritos e fiscais da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Nesta sexta etapa foram apreendidos quase 9 mil metros cúbicos de
madeira, 15 motosserras, nove armas de fogo e seis veículos. Também foram
destruídos três acampamentos usados como apoio para os desmatadores. No
total, uma área equivalente a mais de 7 mil campos de futebol foi colocada em
proteção, por meio de embargo. As equipes flagraram quatro garimpos clandestinos,
que foram interditados de imediato.
Desse total de garimpos flagrados, três estavam em um ramal próximo ao
município de Castelo do Sonhos, na região sudoeste do Pará. No momento da
chegada das equipes não havia trabalhadores no local. O maquinário foi
apreendido e a estrutura foi desmantelada.

As equipes integradas foram divididas em seis frentes de trabalho, que
conseguiram abranger 15 municípios paraenses ao longo de suas semanas de
trabalho intenso na mata para validar as informações geradas por imagens via
satélite.
A Operação Amazônia Viva faz parte do eixo de Comando e Controle do
Plano Estadual Amazônia Agora, que prevê ações de repressão a crimes
ambientais aliadas ao fomento da produção rural, regularização fundiária e
ambiental, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável no
Estado.
Desde de que as ações do Plano iniciaram, em junho deste ano, o Estado
do Pará tem conseguido um desempenho histórico no combate aos crimes
ambientais. Na primeira quinzena de novembro, por exemplo, a redução foi de
60%, se comparada ao mesmo período do ano passado.
"A ação repressiva é constante e faz parte de um planejamento
maior do Governo do Estado, que fiscaliza e mantém a vigilância, mas sabe que
não é o suficiente. É preciso manter a vigilância sob a floresta, mas também
fazer regularização fundiária e ambiental, apoiar os produtores que buscam os
caminhos sustentáveis para a produção agropecuária. Só assim, conseguiremos
vencer o desmatamento e diminuir as emissões de gases do efeito estufa",
enfatiza o titular da Semas, Mauro O' de Almeida

Balanço total das seis fases da Operação
Levando em consideração os dados acumulados desde a primeira fase da
Amazônia Viva, iniciada em junho deste ano, os números são ainda mais
impressionantes: 132 mil hectares de terras embargadas, ou seja, protegidas
pelo Estado, 13.899 metros cúbicos de madeira apreendida, assim como 162
motosserras, 39 garimpos clandestinos interditados e 40 pessoas presas.

A Operação Amazônia Viva é contínua, com estratégias baseadas nas
informações de monitoramento da floresta. Se necessário, os pontos focais das
equipes mudam de acordo com os registros de imagens de satélite que revelam
os pontos de desmatamento.
"O nosso planejamento inicial é manter essa força tarefa, com as equipes
em campo até o final do semestre do ano que vem. Nós terminamos essa sexta
fase, por exemplo, mas já iniciaremos em Dezembro a sétima etapa",
conclui o Secretário Mauro O' de Almeida.
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