No ano em que celebra 40 anos de
atuação na Amazônia, a Vale anunciou nesta sexta-feira (14) o Programa Novo
Carajás, com foco na retomada e manutenção dos volumes de minério de ferro e
expansão da produção em cobre. O lançamento ocorreu em solenidade com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita às operações da Vale no
município de Parauapebas. O programa prevê investimentos de R$ 70 bilhões em
cinco anos (2025-2030), em linha com o guidance (desempenho futuro) da empresa,
na região de Carajás, uma província rica em minerais essenciais para a
descarbonização e a transição energética global.
O programa reúne o potencial de
expansão minerária de Carajás, incluindo as minas em operação, expansões e
novos alvos, para impulsionar o beneficiamento de minerais críticos para a
produção de aço verde (minério de ferro de alta qualidade) e de metal para
transição energética (cobre), fundamentais para a redução das emissões de
carbono.
A previsão é que a produção de
minério de ferro em Carajás chegue a um ritmo de 200 milhões de toneladas por
ano (Mtpa) em 2030, a partir do adicional de 20Mt com a expansão da mina
de Serra Sul (S11D) e a reposição da exaustão das minas atuais. No caso do
cobre, o crescimento esperado é de 32%, elevando a produção na região para
cerca de 350 mil toneladas (Kt).
“Carajás é um caso de sucesso de
parceria entre público e privado, voltada para a proteção da floresta onde
produzimos, com processos de mineração a seco e tecnologias inovadoras, cerca
de 60% do minério que o Brasil exporta”, afirma o CEO da Vale, Gustavo Pimenta.
“O Programa Novo Carajás traz
ganhos para o Brasil, com o potencial de posicionar o país na liderança global
no fornecimento de minerais críticos e reforçar seu protagonismo no combate às
mudanças climáticas, e para a Vale, ao ampliar uma frente de negócio que gera
valor e alavanca oportunidades estratégicas de mercado para a companhia em uma
economia baseada na indústria de baixa emissão de carbono”, enfatiza.
Cumprindo a vocação da Vale de
âncora do desenvolvimento regional, o Novo Carajás vai impulsionar o
crescimento do Pará com um novo ciclo de investimento na mineração sustentável
de minério de ferro de alta qualidade e minerais críticos no estado, além de
tecnologia, sustentabilidade, saúde e segurança, e manutenção de equipamentos e
operações. O programa terá uma contribuição relevante no PIB do Pará, na ordem
de R$80 bi a 100 bi/ano. A produção futura do programa, nas bases atuais,
permitirá um aumento de R$ 15 bilhões nas exportações do estado.
Nos últimos anos, a Vale tem
intensificado seu foco em ações relacionadas à transição energética e
descarbonização: desde a produção do minério de ferro de alta qualidade, que
aumenta a eficiência do alto-forno e reduz emissões das usinas siderúrgicas, passando
pela oferta de níquel e cobre, essenciais para a produção de carros elétricos,
até o desenvolvimento de produtos inovadores como o briquete, que diminui em
até 10% as emissões na siderurgia.
A companhia também tem investido
na mineração circular, como é o caso do projeto Gelado, em Carajás. Até 2030, a
Vale prevê que 10% de sua produção total de minério de ferro seja composta por
produtos de mineração circular. O Gelado, com uma produção de 6 Mtpa
resultante do reaproveitamento de rejeito, terá um papel fundamental nessa
meta, em direção a uma mineração sem rejeitos e produtos com baixa pegada de
carbono.
40 anos da Vale no Pará
Presente no Pará ao longo das
últimas quatro décadas, a Vale tem suas operações como parte relevante da
atividade econômica de mineração no estado. Nesses 40 anos, o setor mineral
consolidou a região como uma referência nacional fundamental ao desenvolvimento
do país, impulsionando arrecadação, geração de empregos e movimentando toda a
cadeia produtiva de fornecimento de bens, insumos e equipamentos e a prestação
de serviços.
Em parceria com o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Vale ajuda a proteger cerca
de 800 mil hectares de florestas no Mosaico de Carajás, uma área que equivale a
5 vezes a cidade de São Paulo. Além disso, com investimentos voluntários
superiores a R$ 200 milhões, a empresa desenvolve diversas iniciativas, tais
como o programa Genômica da Biodiversidade Brasileira, parceria do
ITV-Instituto Tecnológico Vale com o ICMbio, com foco no sequenciamento
genômico de espécies da fauna e da flora amazônica. A Vale também fomenta a
bioeconomia da Amazônia, apoiando cadeias produtivas extrativistas,
contribuindo para a geração de renda de famílias que vivem na região, além de
patrocinar iniciativas de qualificação e estruturação do órgão ambiental.
(Ascom Vale. Foto: Leandro
Portella)