
O paraense Edson Silva integra a equipe de monitoramento em campo (Foto: )
Iniciativas da Vale com foco na
proteção ao meio ambiente têm contribuído para a conservação de diversos
trechos de rios e nascentes no Mosaico de Carajás, área de florestas que
corresponde a sete vezes o tamanho da cidade de Belém (PA). A proteção desses
mananciais contribui para o abastecimento de cidades do sudeste paraense e para
atenuar os efeitos das crescentes secas que afetam os rios da Amazônia,
conforme divulgado pelo Monitor de Secas do Brasil, programa do governo
federal.
Para preservar essa área, uma
equipe de guardas florestais mantida pela Vale realiza patrulhamentos em apoio
ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão
gestor do Mosaico. A vigilância é feita por terra, ar e rios, além do combate a
focos de incêndio, visando proteger essas nascentes e mais de 3 mil espécies de
animais e plantas. Entre 2021 e 2024, os guardas florestais evitaram 662
tentativas de atividades como garimpo ilegal, caça e pesca predatórias e
extração de madeira.
Segundo Elson Sousa, gerente de
Meio Ambiente da Vale, a preservação da floresta previne a erosão do solo e
mantém a qualidade da água. “A proteção das nascentes é essencial para garantir
o acesso a fontes renováveis de água, a manutenção da biodiversidade local e o
suporte a atividades econômicas. Essas ações não apenas protegem o meio
ambiente, mas também promovem o desenvolvimento sustentável e o bem-estar das
populações locais, um compromisso da Vale”, afirma.
Programa monitora qualidade da
água
Nas áreas de operação dos
empreendimentos minerários de ferro Carajás Serra Norte, Serra Sul e Serra
Leste, a Vale monitora a vazão e a qualidade da água de fontes que influenciam
os cursos d’água de igarapés e rios da região, como os rios Parauapebas e Itacaiunas.
Os resultados do estudo comprovam
que as nascentes estão conservadas, demonstrando que é possível realizar
operações minerárias de forma sustentável. “Desde o início do programa, as
nascentes monitoradas pela Vale mantêm seu volume de água estável e preservado.
No período chuvoso, elas sofrem variações no volume devido ao aumento da
precipitação, que eleva a quantidade de água armazenada nos aquíferos e
intensifica o fluxo de água subterrânea, mantendo a dinâmica do ciclo natural
da água”, comenta Elson.

Nascentes monitoradas pela Vale
mantêm volume de água preservado
O monitoramento do volume de água
dessas fontes é realizado mensalmente, enquanto a qualidade da água, incluindo
análises de pH e temperatura, é verificada trimestralmente.
Os controles ambientais em
qualquer atividade, incluindo a mineração, são fundamentais para evitar ou
mitigar interferências no meio ambiente. As atividades são supervisionadas pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e fazem parte de condicionantes do processo de licenciamento ambiental
federal para operação das unidades.
O paraense Edson Roseno Silva
atua como amostrador no monitoramento de recursos hídricos, integrando equipe
que realiza coletas periódicas em campo. “Nosso trabalho é essencial para
garantir que as coletas de água para análise sejam realizadas de forma precisa,
segura e conforme os padrões exigidos. Dessa forma, é possível comprovar a
qualidade das águas, efluentes e afins e, ainda, monitorar se estão conforme os
parâmetros exigidos”, explica Edson.
Um marco na preservação
hídrica da Amazônia
Outra importante iniciativa de
preservação dos recursos hídricos na região é desenvolvida desde 2014 pelo
Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV DS), instituto de
pesquisa com sede em Belém. Trata-se do monitoramento ambiental da bacia
hidrográfica do Rio Itacaiunas, considerado o estudo mais abrangente de uma
bacia hidrográfica da Amazônia.
As pesquisas proporcionaram, pela
primeira vez, uma visão integrada do comportamento ambiental da bacia ao longo
de toda a sua extensão. Os dados são monitorados 24 horas por dia, a partir de
informações coletadas em 11 estações hidrometeorológicas e 23 pontos de
monitoramento hidrossedimentológico, além do trabalho de campo.
Atualmente, além do monitoramento
dos recursos hídricos, o ITV DS realiza outros estudos nesta importante bacia
que atravessa 11 municípios paraenses. Entre essas pesquisas destaca-se o
monitoramento de eventos críticos, que busca ampliar o conhecimento sobre a
Agenda 2030 da ONU e avaliar possíveis efeitos das mudanças climáticas na
bacia.
(Ascom Vale)