Setenta e quatro municípios
paraenses, com 251 obras bancadas com recursos do Fundo Nacional do
Desenvolvimento da Educação (FNDE), têm até o dia 28 deste mês para resolver as
pendências com documentação, conforme diligências adicionais realizadas no
âmbito do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços da Educação
Básica e Profissionalizante.
O prazo havia encerrado pelo
Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 28 de janeiro, mas foi estendido por
mais um mês pela Portaria nº 62/25, que avisa: Estados e municípios que não
resolverem as pendências e não concluírem as obras terão que devolver os
recursos recebidos, conforme previsto na fase de prestação de contas junto ao
FNDE.
“Tal situação pode acarretar
graves impactos financeiros para o município e comprometer a oferta dos
serviços educacionais planejados para a comunidade”, alerta o Tribunal de
Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) em nota publicada no Diário Oficial da instituição.
O diretor de Fiscalização e
Controle Externo do TCM-PA, Felipe Souza, orienta os prefeitos a verificar as
diligências pendentes no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e
Controle (Simec), cujo acesso está disponível no próprio portal do tribunal e
do FNDE, para regularizar a documentação solicitada durante as diligências.
Dentre os 74 municípios
pendentes, Curralinho tem o maior número de obras paralisadas: 18, seguido de
perto por Baião, com 17; Breves, com 16; e Chaves, com 14. Tracuateua tem nove
obras em diligência e os municípios de Tomé-Açu, Moju e Curuçá tem sete obras,
cada um.
Na mesorregião sudeste do Pará,
são 11 os municípios que estão na lista de pendências: Dom Eliseu e São
Domingos do Araguaia, cada um com quatro obras paradas; Jacundá e Tucuruí, com
três; Conceição do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, São do Araguaia, Ourilândia
do Norte e Xinguara, com duas obras por município; e Itupiranga, Santa Maria
das Barreiras e São Félix do Xingu, com uma.
Investimento nacional
Com investimento de cerca de R$
4,1 bilhões, o Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços da Educação
Básica e Profissionalizante tem como meta concluir obras em escolas de educação
infantil, ensino fundamental e profissionalizante, além de reformas e
ampliações em quadras e coberturas de quadras esportivas.
Com o programa, o MEC espera
gerar mais de 552 mil novas vagas em escolas, em tempo integral, para crianças
e adolescentes. E mais 1,1 milhão de novas vagas, nos dois turnos, nas
redes públicas do País.
“Esta é uma oportunidade única
que não pode ser perdida. Estamos falando de um investimento expressivo e de um
impacto direto na qualidade da educação em nosso País. É fundamental que os
entes federativos se atentem aos prazos para que possamos avançar juntos na
garantia do direito à educação”, disse a presidente do FNDE, Fernanda
Pacobahyba, em janeiro deste ano, ao anunciar a prorrogação do prazo para
Estados e municípios.