
Ações de combate ao desmatamento. Foto: Alex Ribeiro (Foto: )
As ações do governo do Pará, por
meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas),
garantiram ao Pará um primeiro semestre histórico na redução do desmatamento.
Segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, na
quinta-feira (6), o Estado teve queda de 32,6% no tamanho da área recoberta por
alertas de desmatamento no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo
período do ano passado.
No total, o Pará saiu de 1.105 km²
de áreas degradadas para 744 km², caindo para a 2ª posição no ranking, liderado
pelo Mato Grosso (MT).
“Graças às nossas ações de
comando e controle, garantimos a redução de alertas de desmatamento, resultado
de um trabalho construído com base em estratégia e ações contundentes, como a
Força Estadual de Combate ao Desmatamento e as operações Curupira, que instalou
três bases fixas em locais onde há um maior índice de desmatamento, e a
Amazônia Viva. Trata-se de um avanço histórico, reafirmando nossa parceria e
compromisso em manter a floresta em pé”, destaca o governador do Estado.
Segundo os dados do Inpe, no mês
de junho de 2023, os alertas de redução do desmatamento na Amazônia chegaram a
41% em comparação com o mesmo mês de 2022. No Cerrado, houve redução de 15% da
área sob alertas em junho e aumento de 21% no semestre.

Fiscalização – O governo
estadual instituiu a operação Curupira, instalando três bases fixas,
implantadas em São Félix, Uruará e Novo Progresso. A operação marcou um
movimento mais intenso do Executivo estadual em direção à região sudoeste
paraense, mantendo diversas frentes de trabalho para fazer o combate aos
garimpos ilegais, à extração de madeira irregular, além dos desmatamentos. A
ação baseia-se no decreto n° 2.887, que estabelece estado de emergência
ambiental em 15 municípios paraenses.
Entre as principais ações de
repressão aos crimes ambientais realizadas no âmbito da Operação Curupira estão
a desativação de acampamentos, o embargo de áreas desmatadas ilegalmente, a
apreensão de madeira explorada ilegalmente e a desativação de garimpos ilegais,
ações fundamentais para conter o avanço do desmatamento nas áreas críticas.
Ações de combate ao desmatamento. Foto: Marcelo Souza
Amazônia Agora – Além das
operações de Comando e Controle, instituídas pelo Plano Estadual Amazônia Agora
(PEAA) para reprimir o desmatamento ilegal, o governo estadual aposta no
desenvolvimento e consolidação de uma mudança na matriz econômica com adoção de
modelos de desenvolvimento sustentável baseado em baixas emissões de Gases de
Efeito Estufa (GEE) e na implementação da Bioeconomia, para reduzir a
degradação ambiental. O foco é tornar o Pará neutro na emissão de gases
poluentes a partir de 2036.
O governo atua para implantar
desenvolvimento socioambiental e tornar a floresta viva e em pé em uma nova
commodity global, em busca de alternativas para que as pessoas que vivem na
floresta possam produzir sem desmatar.
Titular da Semas, Mauro O’de
Almeida destaca que os números divulgados pelo Inpe são resultado das ações que
vêm sendo implementadas e intensificadas pelo governo.
“Combater o desmatamento na
Amazônia é uma tarefa muito dinâmica e que exige do poder público constantes
alterações em nosso planejamento estratégico voltado para este tema. Desde o
início da nossa gestão, não temos medido esforços no sentido de implementar
operações de fiscalização e aperfeiçoamento do monitoramento, com o objetivo de
diminuir as taxas anuais de desmatamento, movimento que já apresenta
resultados, como esse anúncio do Inpe”, enfatiza.
A taxa anual de desmatamento é
medida sempre de julho a agosto por outro sistema do Inpe, o Prodes, que
monitora a floresta Amazônica brasileira por satélite, e deverá ser divulgada
em novembro. Falta, portanto, um mês para o fechamento do ciclo. (A Notícia
Portal/ Agência Pará)
