O Parque Zoobotânico Vale agrega um novo capítulo a
sua história. O espaço agora passa a se chamar BioParque Vale Amazônia e nasce
como um dos principais centros de pesquisa, conservação e educação da
biodiversidade do Brasil. Fundado há cerca de 40 anos e instalado no coração da
Floresta Nacional de Carajás, no município de Parauapebas, Sudeste paraense, o
bioparque ocupa 30 hectares de área, dos quais cerca de 70% de floresta nativa,
dividido entre 29 recintos, conta com mais de 360 animais e um herbário, com 10
mil plantas catalogadas e certificadas pelo Jardim Botânico de Nova Iorque.
Na linha da pesquisa, em parceria com o Instituto
Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), o bioparque realiza
estudos sobre o DNA de espécies da Amazônia, sendo rota de produção científica
de universidades do Brasil e do exterior. O espaço conta também com um centro
de visitantes, sala de exposições, orquidário, entre outros, e um viveiro de
imersão com mais de 65 pássaros de 22 espécies, vivendo soltos e fazendo sobrevoo
entre os visitantes. Outras estruturas como hospital veterinário, setor de
reprodução de aves, biotério (local dedicado ao estudo da vida, reprodução e
manutenção de animais) e sala de nutrição são dedicadas aos cuidados dos
animais do BioPaque Vale Amazônia.


“A mudança do nome tem como objetivo ressignificar
para o público externo o que já fazemos aqui há anos, que é focar nas
atividades que proporcionem o bem-estar animal e na relação entre homem e
natureza, promovendo diariamente uma imersão dentro da Floresta Amazônica como
espaço de convivência, centro de pesquisa e conservação de espécies da fauna e
da flora amazônicas, além de diversas atividades relacionadas à educação
ambiental de jovens e adultos”, explica Valéria Franco, gerente executiva de
Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Emergência e Risco do Corredor Norte.
O BioParque Vale Amazônia já registrou nascimentos
importantes de espécies ameaçadas de extinção da fauna amazônica, como os
primatas bugio e macaco-aranha-da-testa-vermelha, urubu-rei e seis filhotes de
onça-pintada. No parque, ocorreu o primeiro sucesso reprodutivo de um
gavião-real ou harpia, a maior águia encontrada no Brasil. Exemplares de
ararajuba, ave símbolo da Amazônia, foram encaminhadas ao Parque Ambiental do
Utinga, unidade de conservação estadual da Região Metropolitana de Belém, para
serem reintroduzidas à natureza.
O supervisor do bioparque, Cesar Neto, reforça que,
para os usuários, a visitação continuará proporcionando a mesma experiência de
desfrutar da paisagem e de conhecer mais sobre a flora e fauna ali preservadas.
“O atendimento ao público não muda. Nós vamos continuar recebendo o nosso
visitante diário, assim como as turmas escolares, os universitários e
pesquisadores que nos procuram como centro de referência em pesquisa de fauna e
da flora da região”, ressalta.
A importância de BioParques na Década da
Restauração
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o
período de 2021-2030 como a “Década da Restauração de Ecossistemas”, que tem
como principal objetivo aumentar os esforços para restaurar ecossistemas
degradados, criando medidas eficientes para combater as crises climática,
alimentar e hídrica e a perda de biodiversidade.
O último relatório sobre o impacto humano na
natureza, publicado pela ONU, mostra que quase 1 milhão de espécies e plantas
correm o risco de extinção. E, dentro deste contexto, os bioparques assumem um
importante papel para a conservação da biodiversidade brasileira,
desenvolvimento de pesquisas e ações de educação ambiental.
No Pará, a Vale apoia o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na proteção de uma área de 800 mil
hectares, composta por seis unidades de conservação. É a maior extensão de
floresta contínua no sudeste do estado. No local, estão preservadas mais de 1
mil espécies da fauna amazônica.
O BioParque Vale Amazônia desenvolve um papel
importante relacionado ao negócio da companhia, que é a mineração sustentável
dentro da Floresta Nacional de Carajás, a partir de estratégias de conservação,
como o Plano de Gestão de Biodiversidade de Carajás (PGBio), que reúne
pesquisas e elaboração de estratégias que contribuem para conciliar as
atividades da mineração com a conservação, apoiando, com o conhecimento gerado,
as ações das operações, de licenciamento, expansões e de novos projetos da Vale
na região.
Serviço
O BioParque Vale Amazônia é aberto de segunda a
domingo, sete dias por semana, das 10h às 16h. É necessária a liberação de
acesso na portaria do ICMBio, em Parauapebas, para acessar a Floresta Nacional
de Carajás.