Um estudo divulgado nacionalmente pela Revista
IstoÉ mostra que Parauapebas apresentou no ano passado os melhores indicadores
fiscais do país. Não por acaso, foi o ano em que o município cravou receita
líquida de R$ 2,7 bilhões, conforme revelado em primeira mão pelo Blog do Zé
Dudu. Agora, o levantamento “As Melhores Cidades do Brasil 2022” coloca
Parauapebas na posição número 1 no grupo dos municípios mais populosos, à
frente de cidades ricas e famosas, como Barueri (SP), Anápolis (GO), Maringá
(PR) e Blumenau (SC).
O prefeito Darci Lermen foi entrevistado pela IstoÉ
e lembrou que, no ano em que reassumiu a prefeitura da Capital do Minério, em
2017, Parauapebas sofria com queda na arrecadação, crescimento de dívida
pública, fechamento de empresas e até diminuição de repasse de recursos
federais. “Assumimos Parauapebas com uma dívida de aproximadamente R$ 120
milhões”, revela o gestor, destacando, no entanto, que deu a volta por cima.
“Para resumir, somente em 2021 injetamos mais de R$ 1 bilhão nos cofres do
governo do Estado”, comemora, explicando que o município está entre os maiores
exportadores do país e que, graças à poderosa indústria mineral em seu
território, tem conseguido gerar receitas para além dos limites municipais.
Darci lembra que, durante a pandemia, seu governo
criou o Programa Vencer para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade
social, assim como dar força a artistas e microempreendedores individuais, com
a finalidade de evitar o fechamento das empresas e preservar empregos.
“Parauapebas é um dos poucos municípios brasileiros a ter um Banco do Povo, que
disponibiliza empréstimo a juros bem abaixo dos de mercado”, ressalta.
Pelo conjunto de ações estruturais de gestão, que
remodelaram a economia e as finanças de Parauapebas, como a luta encabeçada por
Darci para ampliar os ganhos com a Compensação Financeira pela Exploração
Mineral (Cfem), principal receita do município, e a recuperação da alíquota do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a prefeitura
municipal encerrou 2021 com arrecadação recorde, próxima a R$ 3 bilhões e maior
que a de 12 capitais.


No ranking geral de indicadores fiscais,
considerando-se todos os municípios brasileiros, Parauapebas ficou em 13º
lugar, com nota 0,4960 — numa escala que vai de 0 a 1, e quanto mais próximo de
1, mais eficiente o desempenho municipal. No Pará, só Canaã dos Carajás, com
nota 0,5161, tem pontuação maior.
O prefeito diz que hoje sua administração está
trabalhando focada na “mudança de rumo” da cidade, para torná-la turística. “De
2020 para cá, também tomamos a decisão de redirecionar a matriz econômica de
Parauapebas, hoje totalmente dependente da exploração de minérios”, conta Darci.
“Somos o maior produtor do Brasil, mas o minério é finito”, encerra.