
Publicado em 16/03/2021 - 13:00 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília (Foto: )
O Brasil fechou o mês de janeiro de 2021
com um saldo de 260.353 empregos formais, segundo balanço do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) apresentado hoje (16) pelo Ministério da
Economia. O saldo é o melhor da série histórica para o mês de janeiro e é
resultado de 1.527.083 admissões e 1.266.730 desligamentos. O numero também é
maior do que o registrado em dezembro de 2020, quando a geração de
empregos ficou em 142.690 postos de trabalho.
Com isso, o estoque de empregos
formais no país chegou a 39.623.321 vínculos, o que representa uma variação de
0,66% em relação ao estoque do mês anterior. De acordo com o ministério, a modernização
trabalhista teve papel importante na geração de empregos de janeiro.
“Foram 15.600 admissões e 12.517
desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 3.083
empregos, envolvendo 3.784 estabelecimentos contratantes. Um total de 201
empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador
intermitente”, informou a pasta.
O ministério apontou ainda que o
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda tem sido
bem-sucedido em evitar demissões, "em um ano tão atípico de enfrentamento
de uma grave pandemia". O programa institui o Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda (BEm), pago a trabalhadores que tiveram o
contrato de trabalho suspenso ou a jornada e o salário reduzidos.
A pasta informou que os dados
atualizados até 31 de dezembro mostram que o benefício permitiu 20.119.858
acordos entre 9.849.116 empregados e 1.464.683 empregadores no país.
Já a jornada em regime de tempo
parcial teve saldo negativo de 610 postos de trabalho no ano, resultado de
15.808 admissões e 16.418 desligamentos. O regime parcial é aquele cuja duração
não excede trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares
semanais ou cuja duração não excede 26 horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
Segundo o Caged, em janeiro, a
movimentação envolveu 6.413 estabelecimentos contratantes e 57 empregados
celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Atividade econômica
Os números mostram que, no mês de janeiro,
todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com
destaque para o setor da Indústria, com a geração de 90.431 novos postos de
trabalho formais.
“Em nível de subclasses, podemos
apontar a Confecção de Peças do Vestuário, exceto Roupas Íntimas e as
Confeccionadas Sob Medida, com o maior saldo (7.855), a maior parte no Paraná
(3.058). A [subclasse] Fabricação de Calçados de Couro registrou o segundo
maior saldo (5.762), principalmente na Bahia (1.670) e Rio Grande do Sul (1.658)”,
informou o ministério.
Na sequência vem o setor de Serviços
que apresentou o segundo melhor saldo, com 83.686 empregos formais. A maioria
deles registrado nos grupamentos de Informação, Comunicação e Atividades
Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas”, com 55.896; e
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e
Serviços Sociais”, com 18.353.
O terceiro maior crescimento do
emprego formal ficou com o setor da Construção, com saldo de 43.498 postos de trabalho
formais, principalmente na subclasse Construção de Edifícios, com saldo de
16.636 postos. Ainda de acordo com os dados, a Agropecuária também apresentou
saldo positivo de 32.986, principalmente nas subclasses Cultivo de Maçã
(12.222) e Cultivo de Soja (9.194).
Setor mais atingido pelos efeitos da
pandemia do novo coronavírus, o Comércio registrou, em janeiro, um saldo
positivo, de 9.848 postos de trabalho. Os destaques ficaram por conta das
subclasses Comércio a Varejo de Peças e Acessórios Novos para Veículos
Automotores (3.506) e Comércio Varejista de Materiais de Construção em Geral
(3.055).
Salário
Para o conjunto do território
nacional, o salário médio de admissão em janeiro deste ano foi de R$ 1.760,14.
Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 20,06 no salário médio de
admissão.
Estados
De acordo com o Caged, no mês de
janeiro de 2021, apenas três, dos 27 estados não registraram saldos positivos:
Alagoas, com menos 198 empregos (-0,06); Paraíba, com menos 174 (-0,04) e Rio
de Janeiro, com saldo negativo de 44 empregos (-0,00).
Entre os estados que mais geraram
vagas, o destaque fica com São Paulo, com 75.203 novos postos. Santa Catarina,
com 32.077, e Rio Grande do Sul, com 27.168, foram outros estados com maior
geração de empregos formais.
“Todas as cinco regiões do país
tiveram saldo positivo em janeiro de 2021. O Norte, com 6.937 gerou menos
empregos enquanto o Sudeste, com 105.747, alcançou o melhor número. Já o Sul
foi a região onde todos os estados registraram crescimento parecido, sem grande
desequilíbrio”, informou o ministério.
Edição: Denise Griesinger