Enorme engarrafamento de carretas carregadas com
soja está bloqueando a BR-230, no município de Itaituba (sudeste do Pará),
no acesso ao modal de Miritituba. Segundo a prefeitura, são pelo
menos 5 mil carretas estacionadas em toda a extensão da via, aguardando acesso
à Estação de Transbordo de Carga (ETC) do Tapajós, principal rota para o
escoamento de commodities agrícolas na região, localizada no distrito
de Miritituba.
A situação já dura pelo menos três dias e desde a
manhã de ontem (sexta-feira), policiais do Comando de Policiamento
Regional bloqueiam a passagem das carretas no trevo de Campo Verde para
desafogar o fluxo na BR-230.
A maioria das carretas saem do Mato Grosso e
chegam na localidade por meio da BR-163. Informações de caminhoneiros indicam
que um problema na ETC teria provocado a espera do lado de fora dos pátios das
empresas que gerenciam o porto. A média de circulação diária de veículos de
carga no Porto de Miritituba é de 500 carretas.
A Polícia Rodoviária Federal disse que a BR-163 é
um dos principais corredores logísticos do País e é usada para escoamento da
safra de grãos que sai do centro do País, sobretudo de Mato Grosso, vindo pela
BR-163 até os portos do Pará.
A falta de asfaltamento no trecho da BR-158
(Posto da Mata) é causada pela ausência de regularização ambiental. A área foi
definida pelo Governo Dilma como reserva indígena, com várias famílias de
produtores sendo removida da região. Lideranças dos Xavantes, que ocupam a
enorme gleba, recusam-se a aceitar o asfaltamento da rodovia federal.
Ministério da Infraestrutura assina contratos de
exploração em terminais no Pará
O Ministério da Infraestrutura assinou novos
contratos de exploração em Terminais de Uso Privado (TUPs) no estado do Pará.
Os acordos preveem investimentos de R$ 616,5 milhões para movimentação de
cargas variadas, como grãos e combustíveis.
A expectativa do governo federal é ampliar a movimentação
de granéis sólidos e líquidos nas regiões. Os contratos correspondem ao
investimento nos terminais Petróleo Sabbá, Louis Dreyfus, Cargill e
Administradora de Bens de Infraestrutura (ABI), por meio da Secretaria Nacional
de Portos e Transportes Aquaviários.
Em dois anos, o governo federal assinou 78
contratos de adesão com empresas, que representam R$ 6 bilhões em
investimentos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que, de
janeiro a agosto do ano passado, cerca de 34% da soja vendida ao mercado
externo foi embarcada pelos portos do Arco Norte, que fica na rota de dois dos
terminais dos novos contratos.