(Foto: João Carlos)
A Polícia Civil prendeu em flagrante, ontem, quarta-feira (30), as irmãs Elcione Pimentel Castor e Nilene Pimentel Jardim Castor, pelo crime de tortura contra uma adolescente de 17 anos, em Breves, na Ilha do Marajó. Elas são acusadas, junto com a mãe delas, Marlene Pimentel Castor, e um homem identificado como Edileno Câmara de Oliveira, de praticar violência física e psicológica contra a menor para que a vítima confessasse uma suposta relação extraconjugal com o marido de Marlene. As prisões foram realizadas após divulgação de um vídeo, por meio de grupos de aplicativo de mensagens via telefone celular, em que a adolescente aparece sendo agredida pelas acusadas. Segundo a delegada Vanessa Macedo, titular da Superintendência da Região do Marajó Ocidental, o vídeo foi gravado na tarde do último dia 29 e estava circulando nas redes sociais. Nas imagens, a menor é vista sendo agredida fisicamente. Os agressores chegam ao ponto de cortar os cabelos da adolescente. “Após identificarmos a vítima e constatarmos a veracidade dos fatos, efetuamos a identificação dos autores do crime”, explica a delegada.
Até um pitbull foi usado para causar terror psicológico na vítima
Assim, a equipe policial formada pelo delegado Esli Gomes, investigadores Fernandez, Neto e Robson, e escrivão Hyago, saíram em diligência pelo município durante todo o dia, até prender as acusadas. Durante a apuração do crime, os policiais civis constataram que a mãe das acusadas junto com as filhas e Edileno Camara de Oliveira, conhecido da família, foram os responsáveis pela tortura da menor, que teve cortes em seus cabelos e agressões a socos. “Os agressores chegaram a ponto de colocar um cachorro da raça pitbull perto da vítima apenas para praticar violência física e psicológica com ela”, apurou a delegada. Conforme as presas, o motivo foi a desconfiança da mãe das acusadas presas, que acusava a menor de manter um relacionamento extraconjugal com o marido de Marlene. “Cabe ressaltar que as diligências continuam para realizar a prisão de Marlene e Edileno, que estão em paradeiro incerto e não sabido. Elcione e Nilene foram indiciadas pelo crime de tortura e estão recolhidas à disposição da Justiça”, salientou a delegada. Se condenadas, cada uma pode pegar de dois a oito anos de cadeia. (Fonte: Polícia Civil. Imagens: Divulgação)